Por Sandro Gianelli
Nos artigos anteriores falamos sobre a montagem de um planejamento de campanha eleitoral. Entre as etapas básicas que toda campanha deve seguir, falamos sobre investigação, estratégia e comunicação.
Desta vez falaremos sobre a quarta etapa de um Planejamento Estratégico de Campanha e aqui entra dois fatores: emoção e criatividade.
O momento político identificado nas pesquisas e detalhado no planejamento estratégico deverá nortear que tipo de emoção a campanha deverá focar. A emoção é o ponto de ligação entre o candidato e o eleitor. É por ela que os eleitores acreditam ou não em um determinado candidato.
Temos campanhas que a tendência percebida nas pesquisas era de renovação, porém, a emoção explorada, estrategicamente, conseguiu ter êxito, mesmo o candidato não representando a renovação. O caso de Dilma em 2014.
É a emoção que faz com que os eleitores acreditem em um candidato ou prefiram uma mudança. Numa eleição somos influenciados por três tipos de emoções: esperança, medo e vingança.
Por isso é importante definir que emoção trabalhar em cada fase da campanha e para cada segmento do eleitorado. A fase seguinte é dar argumentos para as propostas.
É aqui que entra a criatividade. Um exemplo clássico é dar argumentos por meio de conteúdos racionais para que o eleitor tenha motivos de justificar sua decisão. Conteúdo racional para a escolha emocional.
Os consultores políticos precisam de uma grande dose de criatividade para influenciar de forma emocional o eleitor descrente com a política e que será bombardeado por santinhos e dezenas de mensagens nas redes sociais.
A criatividade é o meio para que as pessoas sejam tocadas pelas mensagens dos candidatos de forma a fazerem diferença na decisão do voto.
Sandro Gianelli – Jornalista, radialista e consultor político com experiência em marketing político, eleitoral, digital e pesquisa de opinião pública.