Por Sandro Gianelli
Reinvenção do Porta a Porta e, lembre-se, a linguagem na TV é diferente do que é dito nas redes sociais
Os oportunistas da política nacional queriam eleições unificadas em 2022, outros lutaram pela extensão do mandato dos atuais prefeitos e vereadores e, alguns, queriam que juízes assumissem o mandato municipal até o Brasil ter condições de realizar as eleições. Porém, nada disso se concretizou, a votação apenas mudou de outubro para novembro, mas os políticos vão ter de se reinventar porque a campanha política mudou. Para reforçar essa conclusão, vou fazer um resumo:
Porta a porta
Em tempos de pandemia essa metodologia será reinventada e agregada com estratégias via Whatsapp, com impulsionamento de conteúdo nas redes sociais, via mensagem SMS e até com um resgate do envio de correspondência.
Comícios e reuniões domiciliares
As lives vão deixar de servir apenas para show’s – como tem sido em tempos de pandemia – e vão passar a ter uma função de aproximação com o eleitor, quando o candidato vai expor suas propostas e suas ideias (com bastante divulgação prévia, com hora pré-definida e direcionadas para cada público e plataforma).
Conteúdo na internet
Cative nos primeiros segundos: o mistério está em fazer com que a informação do candidato seja de interesse daquele eleitor. Isso vai ser feito em uma tela e tem de ser algo exatamente como o eleitor quer ouvir e o que ele quer saber. Se não for, o cidadão vai rolar a tela e a conversa já era.
Segmentação
Fim do generalismo: não adianta mais falar tudo para todos. Agora é segmentar as mensagens para falar exatamente o que cada público busca saber. Ninguém está mais interessado no problema da quadra vizinha.
Proximidade
Seja um nativo: tem de citar os nomes das pessoas, os locais onde moram e qual o problema dela e com detalhes. Isso mostra que tem conhecimento e proximidade com as pessoas e seus problemas.
Internet não é TV
Não adianta usar o mesmo velho discurso de horário político nas redes sociais. Essas novas mídias querem imagens bem produzidas ou históricas (Instagram), ou histórias aprofundadas (Youtube) e, até mesmo, narrativas cativantes (Facebook). Não adianta comprar espaços nessas ferramentas e tratar como TV.
Velhos cabos eleitorais
Esses precisam de novas habilidades. Agora estamos falando de militantes digitais ou mobilizadores virtuais. Porém, essa equipe precisa estar pronta para responder bem aos comentários dos eleitores, atender integralmente quem interagir e oferecer mais canais de acesso ao candidato.
Qualificação
Novos cabos eleitorais: os prefeitos têm que treinar seus vereadores para pedirem votos para ambos. Precisam saber contar a história do majoritário.
Eleição municipal, problema local
Meu bairro, minha ideologia: eleitores municipais não querem saber se o candidato é comunista, socialista, liberal ou a favor das baleias do Pacífico. Ele quer é um parquinho para a quadra dele. Diferentemente da corrida Federal, quando, muitas vezes, o eleitor nem conhece os candidatos a deputados, aí sim, volta pela ideologia. O voto é no CPF.
É, as coisas parecem que mudaram. Você concorda ou descorda? Deixe seu comentário e me conta aí…
* Sandro Gianelli – Jornalista, radialista, apresentador de TV e consultor político com experiência em marketing político, eleitoral, digital e pesquisa de opinião pública.
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